quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Unicorn City - A quem incomoda criar uma sociedade utópica baseada em OUTRAS regras?


cara.... um retrato muito competente do larp estado unidense.
aliás, da civilização estado unidense.
...
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ok, brincadeirinha

por que será que estão sempre ridicularizando o larp nos estados unidos?
olha a sinopse desse filme:

"A hard core gamer creates a Utopian society based on rules of table top gaming in a desperate attempt to prove to a prospective employer that he has leadership skills."

o que incomoda - e quem incomoda - a possibilidade de "to create a Utopian society based on OTHER rules"? Nos EUA isso ainda é tratado com desdém, inclusive pelos próprios praticantes que por não entenderem a dimensão política de sua ação com o larp, continuam fazendo Unicorn Cities da vida....

na escandiávia e na república tcheca....
não.

(originalmente postado em um debate no facebook de Wagner Luiz Schimit, no dia 28 de fevereiro de 2013)




quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Uma arte dramática participativa

(originalmente postado no facebook, no dia 17 de setembro de 2014)

O larp é uma arte dramática participativa. Quer dizer: na prática do larp, não há distinção entre artistas e espectadores. Todo mundo que está ali é ao mesmo tempo autor e receptor....

Café Amargo é um excelente exemplo..... o texto constitui uma espécie de "Programa de Performance" para ser "executado" pelos participantes... mas a ideia é que não haja uma platéia exterior a experiência. Não é um espetáculo.

O larp chegou no Brasil nos anos 90, em uma vertente mais descontraída, ligada a narrativas de aventura e mistério.* A partir de 2011, outras experiências começaram a aparecer, em parte influenciadas pelo Larp dos países Nórdicos, que é o mais prolífero na investigação do larp enquanto linguagem artística. Desde 1999, pelo menos, muita gente tem ido fundo nessa investigação!

Aqui no Brasil, o Luiz Prado sem dúvida é uma das pessoas que tem o trabalho mais interessante na área.

A respeito da quantidade de pessoas, esses larps mais "aventurescos" (ligados a narrativas pulp, com parentescos com séries de TV, livros ou filmes hollywoodianos.... pra citar alguns exemplos), aqui no Brasil, costumam ser realizados com 30-40 pessoas. Essas experiências mais intimistas como Café Amargo, geralmente, ficam entre 3-15 pessoas.

Nas próximas 2 sextas-feiras, o Luiz Prado vai organizar, na Casa Amarela - Ateliê Compartilhado, o larp Ouça no Volume Máximo, para até 7 pessoas (se me lembro bem) onde os participantes representam integrantes de uma banda que se separou e, 15 anos depois, se reencontram para discutir um possível retorno. É um larp "sobre nostalgia, mágoas e recomeços".... eu já tive oportunidade de participar duas vezes! E recomendo muito!

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* Isto é, sem considerarmos práticas como o psicodrama ou o Teatro do Oprimido como larp, já que não se apresentam dessa maneira.